“Eu não pergunto absolutamente mais nada. As coisas são, e pronto. Nós seres humanos, somos verbos. Somos e estamos, é única coisa que a gente sabe” (Raul Seixas).

Somos todos metamorfoses ambulantes.

Opiniões são verdades transientes. As respostas mudam, mas as perguntas são eternas.

Tenho todas as opiniões em mim. Mas não acho que nenhuma e’ mais certa do que outra.

Sou contra e a favor de tudo. As vezes parece que estou ausente deste mundo.

As vezes sinto que tenho em mim todos os heterônimos de Fernando Pessoa. Também crio e destruo os meus próprios.

Mas na vida e’ preciso tomar uma decisão, fazer uma escolha, tomar uma direção, esquerda, centro, direita, mudar da reflexão para a ação.

Se o importante e’ o caminhar então que diferença faz o destino final? Escolha sua direção.

Eu Amo Deus e o Diabo. Mas eu Odeio Deus e o Diabo. O bem não existiria sem o mal. Pra mim são apenas os dois lados da moeda da vida, que eu ganho e gasto todos os dias.

A faca que corta o pão pode me matar. Boa ou ruim? Aquela que eu amo também pode me destruir. Continuar ou Partir?

Sou o reflexo ou o espelho? E se eu encontrasse um outro eu em cada ser humano que eu encontro? Como seria isso pra você? Somos únicos e ao mesmo tempo todos iguais. Quando você le meus escritos você se torna eu por um instante, ao pensar exatamente o que eu pensei? Onde vamos chegar com tudo isso?

Já não interessa. Erre, acerte, tome uma direção, mas não fique parado. Faca alguma coisa na vida. As vezes uma ação vale mais do que mil palavras, apesar das palavras serem a ação de quem fala ou escreve e vou viver com esse paradoxo.

Existe uma certeza relativa, a de que vamos morrer um dia. Não conheci ninguém nesse mundo que não morreu. Mas não existem certezas absolutas, tem aqueles que acreditam na vida eterna. Na duvida, eu vou viver cada dia como se fosse o ultimo.

Então, pegando um gancho no existencialismo sartreano, a existência precede a essência, onde o homem deve criar a si mesmo porque não existe um eu eterno e um significado para a vida. Mas o estruturalismo de Levi-Strauss propõe que são as estruturas sociais, psicológicas e lingüísticas que moldam o individuo. Olhando para as diferenças entre as culturas coloca-se em evidencia todas as verdades universais.

Em outras palavras, temos realmente livre arbítrio ou somos na verdade moldados pelo mundo em que vivemos? Talvez um ciclo, modificamos o mundo a nosso redor e também somos modificados por ele.