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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Bits, Bytes, Bloggers

Blogando na madrugada, enquanto do outro lado da terra é dia, porque o mundo é redondo, e tudo gira, mas temos a impressão que a terra é quadrada e estática.
Tudo uma questão de ponto de vista????
Indo além do dia e da noite, das rotações da terra, e das estações do ano, da translação da terra, indo além da via láctea, e indo ao mundo onde o tempo tem dimensões gigantes, podemos observar tudo de outra perspectiva, onde nos vemos como breves faíscas, que brilham por ridículos 80 anos, e depois morremos, em uma cadeia de filhos e pais, que não tem durado mais do que poucos bilhões de anos, desde a origem da primeira bactéria até a nossa própria vida.


Figura de Escher. Os crocodilos saem e voltam para o desenho... O ciclo da vida e da morte?

Mas porque estou falando disso novamente????
Bits, Bytes, Bloggers, deveria ser o tema desse escrito.
Mas prefiro seguir a deriva meus neurônios, que me guiaram em outra direção quando eu escrevia essas palavras fúteis.

Hoje eu parei pra olhar as coisas, observei suas formas geométricas, como elas são no geral, estáticas e bonitas.
Mas não consegui entende-las, como um mundo desses é possível? Como é possível existir coisas, que simplesmente estão lá, na sua frente. E por mais que eu olhasse para elas, não consegui entende-las. Não sei porque. Um lápis na minha frente? Um computador, uma mesa, um qualquer coisa. O que é isso? Eu posso quebrá-los, e separá-los em pedaços cada vez menores, e continuamos a não entende-los. Só ficamos mais confusos. As coisas são formadas de átomos, que por algum motivo compõem as coisas e tem propriedades. E existem outras coisas, como a luz e o fogo, que são formados por outras coisas chamadas fótons.
E tem a String Theory e a M-Theory que dizem que as coisas não são formadas por partículas, mas por pequenas membranas vibrantes, que são tão pequenas que nunca foram provadas científicamente. Será mesmo que o mundo é igual a uma grande música, onde cada pequena membrana vibra e o resultado final é nossa realidade? Isso não é louco? Porque nossa consciência não tem o poder de criar mundos do jeito que queremos? Porque temos controle do nosso próprio corpo, podemos mandar nosso braço mover, podemos andar, falar, e fazer muitas coisas movendo nossos músculos voluntáriamente. Mas não podemos fazer os objetos que vemos flutuar apenas com a vontade de faze-lo. Existe um limite. Porque??? Porque as coisas são assim? Porque estamos sujeitos a regras? Porque existem limites? Porque a gente vive essa vida estranha de um macaco melhorado. Temos que comer, dormir, fazer sexo, sobreviver, e nem sabemos porque. Parece que nem tem um porque, e por isso que não conseguimos achá-lo. Mas Porque não existe porque?????
É foda!!!
E continuo olhando pras coisas, podemos dar nomes pra elas, descreve-las nos menores detalhes, usar equações para descrever sua geometria, contá-las, etc... Mas parece que continuamos sem entende-las. Não sabemos porque vivemos por um tempo tão curto, com consciência disso, a consciência aparentemente não é realmente necessária para a sobrevivência da maioria das espécies. Mas é fantástico olhar o rosto de um Chimpanzé, nos olhando, e fica claro que esse bicho tem alguma coisa que podemos chamar de consciência. São quase humanos, apesar de não terem linguagem associada ao pensamento para poder expressá-los como um ser humano.

E vou indo, pondo caracteres num papel virtual.
Ouvindo as músicas boas da rádio, que são melhores tarde da noite do que de dia.
Podemos engarrafar consciência????? Pode existir consciência artificial?
Se olhamos para dentro de nós mesmos, vemos um grande vazio, levamos um susto. Esse vazio traz um certo sossego, parece que a consciência é congelada quando tende a sua atenção para si mesma. Ela vê um grande vazio. Somos um vazio????
Existe algum espelho que poderíamos usar para a consciência se enxergar?
Será que realmente não existe recursividade? Uma função numa linguagem de computador pode chamar a si mesma para executar sua própria função dentro de si, e, por incrível que pareça, isso funciona, e os computadores rodam o programa!
Poderia realmente a consciência olhar para si mesma?


Figura de Escher. Quem pintou e deu vida a quem primeiro?

Que porra somos nós!!!!!!!!!
Eu sei que no fim vamos viver sem entender porra nenhuma.....
E uma hora vamos morrer, e provavelmente essa consciência de que estou falando simplesmente vai deixar de existir, sem explicação, da mesma maneira que ela veio ao mundo. Sem piedade ou explicação. Sem razão?
Ou será que ao morrermos, nosso corpo volta ao pó, sempre fomos partes dele, como uma gota d"água que volta ao oceano? E, caso exista uma consciência unitária de todo universo, nossa consciência se integraria novamente a essa? Se é possível existir consciência em um aglomerado de neurônios, porque não poderia haver consciência em um aglomerado de estrelas e planetas, galáxias, buracos negros, quasares, e outras coisas estranhas que compõem nosso universo?
Tem gente que fala em espíritos e numa esperança para seguirmos vivendo sem desanimar. Mas eu tenho grandes ressalvas a respeito da real existência disso. Mas nosso mundo é tão absurdo que não duvido de nada. Não tenho medo de mais nada, parece que matar ou morrer são apenas dois lados de uma mesma moeda. E o que vem depois continua sendo aquele grande porquê.


Essa outra figura de Escher é magnífica. É o esqueleto, dentro do corpo, que está olhando pra fora através do olho, ou é a pessoa olhando para dentro de si mesma e vendo seu esqueleto? Ou é a pessoa olhando um esqueleto de outra pessoa que está fora dela? Ou nós somos um esqueleto, e estamos vendo nosso próprio reflexo no olho dessa pessoa? Ou esse esquelo representa a morte, e essa pessoa está olhando para si mesma no futuro, no dia de sua morte?

Nem sei como meu cérebro é capaz de fazer eu existir. Não sei de nada. É foda.
E pra quê tantas palavras que não dizem nada, que não levam a lugar nenhum, que levam apenas a algum lugar qualquer, e depois outro, e outro...
Mecanismos de controle evitam que todo mundo saia matando todo mundo, mas sempre tem um que escapa da regra e faz isso. Não sei porque. Eles tem ódio da vida, como eu tive um dia no passado. Como eu tive raiva de tudo. Do Homem, das coisas. Não entendia nada, achava tudo errado, ainda acho.... A maldade do Homem não tem limite, a insanidade do Homem não tem limites, e temos que errar todas as possibilidades, porque assim que é esse mundo estranho. Estupros, tortura, coisas que certas pessoas sofreram e vão sofrer, sem razão, sem sentido, sem explicação. Por outro lado, temos o amor, a bondade, a amizade, e outras coisas boas que também existem. Estamos sujeitos aos dois lados.
Os caras estão tentando entender o que tinha pra lá do Big-Bang.... Deus? O Inferno? Nada? O Infinito? Que porra é essa?
Tinha luz eternamente aprisionada dentro do buraco negro? A luz no fim do túnel. Que porra é essa de um mundo inteiro condensado no volume de um átomo. Seriam nossos átomos mundos condensados também???? Mini-buracos negros existem mesmo???
Quando eu morrer, voltarei ao pó.
Meu pó voltará à terra, que gira em torno do sol, que gira em uma galáxia espiral, de encontro com um buraco negro.
Um dia meu pó será sugado para esse buraco que só tem luz dentro, e ficaremos aprisionados na luz, até o próximo Big-Bang.
Os químicos misturam elementos que compõem as coisas, e cozinham realidade, geram coisas, brincam como se isso fosse o Lego de fazer as coisas existirem. Também podemos cortar, moldar, esculpir as coisas, e fazê-las ser do jeito que queremos. Podemos modificar o som e gerar música, ou barulho ou fala. E fazemos tudo isso. Podemos modificar um pedaço de papel virtual e escrever um monte de letras lá, que nunca foram escritas da mesma maneira, nunca, desde que o mundo é mundo, desde que o big-bang explodiu, uma coisa meio louca, mas tudo o que fazemos, no momento e no local que fazemos, é único, um evento ocorrendo, é a nossa vez, nosso momento, e depois voltamos ao pó, sem explicação. Como diz meu amigo italiano, a vida é um grande teatro que nem temos que pagar o ticket pra participar... As vezes penso naquele lance meio matrix, de sermos alguma coisa absurda, do mundo ser um simulador, os pensamentos na cabeça de algum Deus, ou um jogo de fliperama de alguma outra dimensão. As vezes eu queria quebrar essa cortina e ver o que está do outro lado.
Não sei se a morte é o momento que isso ocorre, ou simplesmente é um fim e nem vamos nos dar conta do que aconteceu, porque simplesmente não vamos mais existir.
As vezes nos sentimos como se estivessemos dentro da televisão, e eu queria quebrar a casca do ovo, sair de dentro dela, sentar na poltrona do sofá e assistir a vida de outro ângulo, poder mudar os canais, enfim, talvez seria uma recursividade eterna, talvez o outro mundo também seja a televisão de alguém em uma outro dimensão, e assim por diante.
Um bom exemplo disso é o desenho do Escher.


Quem está olhando para quem? De que lado do espelho está a realidade e a consciência? Nosso ponto de vista é da pessoa que está olhando para a sua própria mão e vê seu reflexo dentro da esfera? Ou seria alguém dentro da esfera olhando para uma esfera em sua própria mão? Estaria a consciência aprisionada dentro de uma esfera? Como garantir que essa pessoa (nós) não somos o reflexo de alguém se olhando dentro de uma outra esfera numa dimensão acima da nossa, e assim por diante? Como olhar além da nossa esfera?


E essa porra parece ser o autoretrato desse pintor genial..

Sei que vou escrevendo, escrevendo, escrevendo, como um passa-tempo. Mas não vou achando a explicação pra nada, vou brincando com isso, e vamos masturbando nossos neurônios, exercitando nosso livre arbítrio, nossa liberdade limitada, vamos vivendo, vamos vivendo, vamos vivendo, vamos vivendo, vamos vivendo, vamos vivendo, vamos vivendo, vamos vivendo....

Voltando ao lance de computador, informação digital, que é o título desse texto...
Bit é a menor unidade de informação possível, é o tudo ou nada, 0 ou 1, sim ou não...
o I Ching da computação.
O byte, além de morder, é uma palavra composta de bits,
por exemplo, assumindo que os bits podem ser 0 ou 1, um byte seria
01100101, que representa alguma coisa nesse código... E tudo no mundo da computação se resume a isso, bits e bytes, codificando todas as palavras que eu digito nesse computador, todas as imagens, programas, cálculos, tudo resumido a bits e bytes. Ninguém daria a mínima pro George Boole quando criou esse lance que mudou a história da humanidade.
O código Booleano é o mesmo que foi usado posteriormente no código Morse, aquele dos primórdios da comunicação a distância?
Agora temos que construir computadores que vão além disso, que tem o zero, um, e o mais ou menos. E estão tentando construir computadores quânticos... Uma hora isso vai revolucionar a humanidade novamente. Os computadores neurais também...
O mundo também constrói seus próprios computadores a partir da evolução, um grande exemplo são os cérebros dos animais, as vias de sinalização bioquímica das células...

A lei de Hebb tem muito haver com a lei do uso e desuso do Lamark
Porque os músculos se tornam mais fortes quando usamos eles muitas vezes? E mais fracos quando não usamos. Como esse processo de retroalimentação ocorre? Eu não sei muito sobre isso.
Seria pelos mesmos motivos que lembramos mais fácilmente as coisas se tivermos contato com elas todos os dias? As células musculares também são excitáveis, possuem potencial de ação, e talvez, os músculos tenham muito a dizer para nós sobre o funcionamento do sistema nervoso e do nosso cérebro. Por exemplo, o primeiro neurotransmissor, a Ach, foi descoberto na junção neuromuscular da rã. E a existência da eletricidade animal foi proposta por Galvani ao estudar o músculo da rã.
De onde vem a vontade que manda os impulsos nervosos que liberam Ach nos nossos músculos e os fazem contrair e geram nosso movimento? Existem mesmo livre arbítrio, ou tudo é realmente estímulo-resposta, causa e consequência? Ou seja, nossas ações que parecem voluntárias, na verdade são consequência de uma causa, na forma de um estímulo, seja do ambiente ou do nosso mundo interior? Até que ponto realmente temos controle sobre nós mesmos, ou tudo isso é na verdade uma ilusão da nossa consciência?
Parece que podemos decidir se viramos para direita ou para esquerda. Mas essa decisão foi realmente nossa, ou determinada por algum fator interno e não por nossa real vontade?
Não tenho muitas respostas...
Uma questão que eu tenho é como consciência, que parece ser algo que não pertence a matéria, surge de um monte de neurônios acoplados por sinapses? Coisas não podem sentir ou perceber, mas nós, que também somos feitos de coisas, temos essa capacidade absurda. Como explicar isso? Sinergismos, o todo é mais do que a soma das partes? Assim como um átomo é mais do que apenas a soma de seus prótons, neutrons e elétrons? Assim como, usando diferentes átomos podemos criar um mundo inteiro com as mais variadas formas de matéria que conhecemos? Desde um fio de cobre que conduz eletricidade até um pedaço de vida feito de carbono e hidrogênios????
Perguntas, perguntas... Poucas respostas...

E as bactérias Eschericha Coli que vivem dentro do nosso intestino, consumindo as nossas fezes, auxiliando o processo de digestão? São ou não são partes de nós mesmos? Assim como a caravela é formada por uma colônia de medusas que se comporta como um único organismo. Somos nós mesmos mesmo? Ou somos um aglomerado de partes?

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