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sábado, 29 de outubro de 2011

Crítca - Documéntario: "Raul Seixas - O Inicio o Fim e o Meio"

Como eu já disse por aí, gostei muito do documentário, e mesmo sabendo de todos os excessos do Raul, o que foi relatado na película, ainda me deixou perplexo.
Raul não tinha limites para nada!
Na questão das drogas, um tema tratado com muito tato até então, o assunto foi escancarado, em particular me chamou a atenção como todos os parceiros e companheiras, gostavam de uma carreira brilhante.
Creio que se for feito um levantamento, a palavra cocaína foi uma das mais citadas durante as duas horas.
Uma das ex, acho que a Kika, respondeu à pergunta - se ele cheirava muito, a resposta foi lacônica e altamente explicativa:
- Raul cheirava SISTEMÁTICAMENTE.
Depois a Kika explicou que até ali, ela ainda aguentava, mas quando Raul caiu no éter, foi demais para ela.
Até o sempre comedido Sylvio, contou o que sabia:
- Ele não cheirava pouco não...comprava uns galões de 5 litros...
A questão religiosa também me chamou muito a atenção, sempre perguntei aos que conviveram com Raul, como ele tratava a religião, e a ladainha sempre se repetia, agnóstico, etc. e tal.
Mas no documentário, houve um comentário de uma das ex (não vou ficar citando nomes, pois não tenho certeza):
"Se ele visse uma igreja, atravessava a rua, não gostava nem de passar em frente".
Em seguida, cortes rápidos (o filme tem muitos momentos assim) e vídeos de Raul... não ...acho que do Toninho Buda...urinando sobre fotos do Papa (creio que o João Paulo II), fotos do papa na privada, e coisas do tipo.
E foi dito em alto e bom som pelo irmão de Raul Plininho:
"Raul era ateu!"
E achei importante também as cenas com sacrifícios de animais pelo Toninho . Achei isto porque tem muito raulxiita que tem uma visão romântica dos lances de magia do Raul e do Paulo. Aí maluco acende um incenso e pensa que está se ligando ao cosmo. Negada, o buraco é mais em baixo.
Como também julguei importante mostrar os galos que o Claudio Roberto cria para rinhas. E o fato do Jay Vaquer, mostrar que só anda armado.
A gente fica pensando que é todo mundo Paz & amor - mas:
"Não seja bobo meu rapaz!"
Sobre as mulheres também um lance bem interessante, a facilidade com que ele trocava de mulheres, ia e voltava pra uma, sem ligar muito pros sentimentos delas, um verdadeiro (como ele sempre disse) egoísta. E o bicho era tipo pegador mesmo, insaciável.
Já o discurso do Marcelo Nova (que estranhamente não vi a presença em nenhuma das sessões) foi o mais indignado de todos.
Olhou de frente pra câmera, chamou todo mundo pro pau, não deu uma de santo, nem de capeta, mas uma frase dele (ou pelo menos um fragmento dela) me chamou a atenção:
"Quando eu me vi, fazendo feira pro Raul, falei pô..."
Achei interessante também a intransigente defesa que o Caetano Veloso fez dele, Marcelo.
Disse que em momento algum, achou o Nova, aproveitador ou coisa do gênero, classificou-o como um fã, prestando homenagem ao ídolo com todo carinho.
Aliás o Caetano foi um caso à parte, ele foi o fio condutor do documentário, apareceu em vários momentos, inclusive no final. Sempre achei que o Caetano era a pedra no sapato do Raul, com o documentário, tive maior certeza disto, mas este assunto já renderia um outro texto.
E como os raulchatistas merecem bem este nome, era aparecer o Caetano, e ouviam-se vaias no cinema...
Ouvi comentários que o espaço cedido a ele, foi para promover o filme, não acho. O que acontece é que o Veloso, tem um puta timing para dizer as coisas e as diz, com poesia...
Por último o prato principal - Paulo Coelho.
Esse quando aparecia na tela, havia um sujeito engravatado que o xingava o tempo todo.
Mas vou lhes dar aqui, minha opinião sobre sua participação neste documentário.
Ele foi o grande absolvido!
Sei que maioria não vai concordar comigo, mas...é isso... o que a maioria achou tratar-se de ironia, deboche, ao meu modo de ver era um entendimento que a vida é assim mesmo. Ele falou tudo com leveza, humor e claro - ironia - mas não senti nisto, nada que desabonasse Raul Seixas. Inclusive quando perguntado, sobre quem seria o maior parceiro de Raul ele não teve dúvidas e respondeu:
"O grande parceiro do Raul, sempre foi Raul Seixas!"
E já pelo final do documentário, aparece ele no palco do Canecão, cantando (segundo ele ) pela primeira vez na vida, ao lado de Raul e Marcelo. E depois nos camarins, notei um grande respeito pelo Raul, que ficou visívelmente emocionado.
Por favor, não levem em conta, as frases que aqui coloquei, elas não são o retrato fiel do filme, mas o que lembro ou ainda o que senti.
Pois quando apreciamos uma obra, ela não é mais do autor, mas de quem a vê.
Assistam ao documentário!
Viva Raul!
Reinaldo Pinheiro Pinho
(Mr Beer)

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