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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

CONTRACULTURA: VIVA A SOCIEDADE ALTERNATIVA

Elementos que fazem referência a contracultura, movimento juvenil liderado principalmente pelos rippies, que ocorreu no final da década de 60, surgem com força total na moda, na música, no cinema e até nos sonhos de quem não foi ao Woodstock, mas conhece a filosofia de paz e amor.
“Todos nos queremos mudar o mundo!” A frase da famosa música “Revolution” dos Beatles retrata bem o inconformismo dos jovens de classe média, no final da década de 60, que uniram suas vozes em coro, para contestar o sistema da época por meio da contracultura.
A falta de liberdade, principalmente de expressão criou um sentimento de revolta, que se manifestaria em diversos campos da arte, especialmente na música. Os hippies, principal símbolo da contracultura pregavam a doutrina de Gandhi- desobediência civil e não violência, por meio do movimento Power Flower e do lema Paz e amor.
Também conhecido como movimento underground, o sentimento psicodélico, o naturalismo, a filosofia do cair fora, a cultura musical, as roupas e adornos exóticos dos hippies permanecem, de alguma forma, presentes no cotidiano dos jovens atuais.
Mas porque, ainda hoje, tanto encantamento com a Era de Aquarius? Daniel Cohn Bendit, político alemão e um dos líderes do movimento estudantil, afirmou em 88, para o jornal Estado de São Paulo, que a contracultura é um movimento permanente.
De acordo com Ricardo Gomes, historiador e professor de ensino médio, o movimento até hoje norteia nosso jeito de ser, pois até então a juventude não havia experimentado o gosto pela liberdade. A filosofia rippie quebrou os parâmetros impostos pela sociedade. “O ser humano tem sede por mudanças e os movimentos de caráter revolucionário, como é o caso da contracultura, caracteriza esse projeto permanente dos jovens de querer melhorar as coisas e isso influi de certa forma até hoje no comportamento deles”, fala o historiador.
Para Vanussa Homobono, psicóloga, a oposição é que gera a atração. “Os movimentos culturais de juventude ocorreram em prol das mudanças e isso atrai de certa forma os jovens atuais, que se inspiram nesse comportamento, mesmo que por admiração, por isso surgem também os modismos”, afirma a especialista.

A história
Em meados dos anos 60, surge nos Estados Unidos o que os analistas sociais denominaram de contracultura. Um movimento liderado pelos jovens de classe média contra a sociedade vigente da época. “O tradicionalismo familiar que delimitava as atitudes dos jovens, a sociedade repressora em que viviam e os conflitos que ocorriam no mundo despertaram essa atitude de ruptura com a ordem. Historicamente, o movimento representou uma nova forma de perceber o mundo e de o jovem interagir como elemento construtor da cultura” afirma o professor Ricardo.
Os impulsos criativos eram substituídos pelos avanços tecnológicos, a guerra do Vietnã, o preconceito e violência racial criaram nos jovens um sentimento de “eu quero cair fora”. Cair fora da família, da sociedade, do materialismo, da realidade e viver em um mundo alternativo, diferente do comum. Então surgem os rippies, o misticismo, o naturalismo e também o psicodelismo das drogas, principalmente o LSD.
Praticantes de magia, astrologia, ufologia, do zen-budismo e de ilusões psicodélicas, ainda assim, foi a partir da contracultura, que as pessoas passaram a questionar seus valores enquanto seres políticos e sociais, o que conquistou adeptos de todas as partes do mundo, como por exemplo, os estudantes de Paris, que com a frase “é proibido proibir” grafitada nos muros da cidade, expressavam o questionamento dos mesmos perante a sociedade.

Música
Um dos principais marcos da contracultura foi o festival de Woodstock que aconteceu em 1969. Embalados por Janis Joplin, Jimi Hendrix e outros importantes nomes da música, cerca de 500 mil pessoas reunidas em uma fazenda na cidade de Bethel, em Nova York, Estados Unidos, comemoraram o anúncio da era de Aquarius, representado pela união e a fraternidade. Foram três dias de paz, amor e muito rock’n’roll.
Em comemoração aos 40 anos do festival, Eduardo Fisher, publicitário e proprietário do grupo TotalCom, tentou durante todo o ano de 2010 (e quase conseguiu) os direitos para a realização do Woodstock no Brasil. Segundo Liliane Cavalcante, assessora da TotalCom,  além de reviver a famosa época, o evento ‘abraçou’ o lema da sustentabilidade. As inúmeras reuniões realizadas no exterior e postadas no twitter de Fisher acabaram não tendo sucesso. O festival de Woostock aconteceu, mas infelizmente não com esse nome.
Em outubro o SWU (Starts With You: Começa com você) que ocorreu em Itú, São Paulo colocou o lema da conscientização em ação. O pensamento voltado para cuidar do planeta e diminuir os estragos feitos pelo homem, estar próximo a natureza e ao som de nomes como Link Park, Joss Stone e Kings of Lion relembra a união e a vontade de mudanças dos jovens da década de 60/70. É a idéia de que pequenas atitudes possam gerar grandes mudanças.
Segundo informação fornecidas no site do festival, se uma pessoa se mobiliza, isso influencia de certa forma quem está perto de você e o SWU quer mobilizar o maior número de pessoas por meio da música para uma atitude sustentável. Por isso, mesmo que o festival já tenha ocorrido, o site do SWU continua no ar, para dar continuidade as ações.

Moda
Mas parece que não é só na música que a contracultura ressurge com força e atitude, mas também nos assessórios e roupas das novas coleções. As tiaras de couro chamadas hadbands, que eram amarradas em torno da cabeça como símbolo hippie da época ganharam uma versão mais moderna da moda hippie, que invadiu, esse ano, a cabeça das moçoilas, literalmente.
Modelos confeccionados com pérolas, fitas, metais, paetês, flores, cristais e até o próprio cabelo podem compor um look, para ser usado de dia, ou a noite em ocasiões mais especiais.
Algumas famosas já aderiram ao charme do assessório que também pode ser substituído por faixas coloridas.
Com os cabelos soltos, presos em coque ou trança, para usar e até criar uma hadband, basta ter criatividade.
A onda neo rippie e rippie chique invadiram as passarelas com coleções de várias grifes famosas, todas inspiradas na tendência rippie.
Esse é o caso da coleção 2010/2011 da Collci que foi apresentada no último São Paulo Fashion Week.
Os estilistas fizeram um resgate das cores vibrantes, das estampas, de peças como vestidos fluidos, saias indianas, batas e coletes, além de cordões com mandalas e bijuterias feitas de penas e sementes.

Gisele Bundchen desfila no SPFW a nova coleção 2010/ 2011 da Colcci baseada na moda rippie
As peças baseadas nas usadas pelos rippies na década de 60 fazem parte do guarda-roupa de Jéssica Sanches, 20, universitária.  “O visual é divertido e passa a leveza e descontração dos rippies. Os assessórios dão um charme especial. Como freqüento locais alternativos, sinto nas roupas um toque que remete a liberdade, pois são confortáveis, leves e bonitas”, afirma a estudante.

O visual colorido e alegre serão as peças chaves da nova estação.

O rippie de hoje
A sede de mudanças, o espírito revolucionário e principalmente o status social do rippie parece ter mudado de postura nos dias atuais. Eles continuam por ai, mas com pensamentos e atitudes que ora lembram aqueles que viveram no fim dos anos 60 e ora fogem totalmente do contexto em que eram inseridos.
Cleudison Souza, 34 vive como andarilho a cerca de 10 anos. “Depois de ter sido monge por alguns anos, encontrei na filosofia rippie, meu modo de viver. Já percorri muitos lugares pelo Brasil e pelo mundo, produzindo e vendendo artesanato, fazendo malabarismo, esculturas de gesso e vivendo um mundo de total liberdade”, conta o rippie. Para Cleudson, todos nós somos fruto da rebeldia, mas naquela época (contracultura) os rippies não sofriam o preconceito que sofremos hoje. “Continuamos sendo uma cultura a parte da sociedade, mas nosso cabelo, o modo de falar e a nossa aparência causam espanto nas pessoas. Porém tenho orgulho de ser  fruto de uma geração que teve a coragem de sair do meio da sociedade e criar sua própria filosofia de vida. E viva a sociedade alternativa, como dizia Raul Seixas”, completa.
Francinete de Almeida, 50 se diz uma ex-rippie. “Aos 13 anos e vivendo numa família desestruturada, caí na estrada. Saía no mundo em busca de liberdade e procurava estar sempre perto da natureza. Confeccionava meus artesanatos e vendia mundo a fora. Quando sentia fome, o jeito era sair mangeando, ou seja, pedindo ou trocando meus artesanatos por um prato de comida. Quando o dono do restaurante não queria, o jeito era lavar umas louças em troca de alimento. Ser rippie é ser livre, mas um dia encontrei alguém e formei uma família. Hoje tenho uma casa, mas continuo vendendo nas ruas cordões, brincos e pulseiras” fala Francinete.
A contracultura não existe mais, porém despertou uma série de comportamentos ao longo da história. De acordo com os autores Antonio Carllos Brandão e Milton Fernandes Duarte, no livro “Movimentos culturais de juventude”, a contracultura foi como um sonho que durou apenas uma noite, mas foi também a partir desse movimento, que o homem começou a participar de muitas causas, como o movimento feminista, que permitiu que as mulheres tivessem mais espaço na sociedade, as questões ecológicas, os assessórios e roupas que tiveram suas idéias transformadas em mercadorias, o desenvolvimento da indústria fonográfica e cinematográfica. No Brasil, o grupo Opinião se expressava no Teatro, na música os Novos Baianos, Mutantes e Rita Lee cantaram a repressão. A imprensa alternativa era representada pelo Pasquim e pela revista Rolling Stone. O rock’n’roll abriu portas para outros estilos do gênero, como o progressive rock e o heavy metal com sua trilogia formada por Led Zepplin, Black Sabbath e Deep Purple e do acid rock, com Pink Floyd.
Esses são apenas, alguns acontecimentos, desse legado de idéias, deixados pelo movimento. Uma verdadeira “revolução” como apontou os Beatles, e que continuam presentes, hoje, no imaginário, gosto e atitudes de muitos públicos.

Curiosidades
A vida da cantora Janis Joplin está em pré produção para ser encenada no cinema. Fernado Meirelles está sendo cotado para dirigir o longa. A revista americana Rolling Stone anunciou que a atriz Amy Adams viverá a roqueira nas telas. Os produtores pretendem iniciar as gravações em 2011.
Para quem quiser conhecer mais sobre o woddstock, o filme “Aconteceu em Woodstock”, conta a história da fazenda de Elliot, que serviu de palco para o festival. Baseado em fatos reais.
O site da revista Bravo, apontou que grande parte dos jovens atuais, tem como preferência musical grandes ícones da década de 60/70, como Beatles, Jim Morrison, vocalista do The doors e Secos e Molhados, símbolo musical do movimento no Brasil.

2 comentários:

  1. Rippies e eum tipo de contra cutura mais nao e a sociedade alternativa q se baseia em Aleister Crowley q tve varios grandes divugadores no mundo raul e paulo coelho sao um deles

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  2. esse blog e uma boa alternativa para poder divulgar a sociedade e a contra cultura por que as pessoas meio q se acomodor com o mundo q vivemos

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