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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Raul & a Bebida



Aí é foda!
Falar de Raul e a bebida, não é tema para qualquer um, muito menos pra mim...
Como sempre, tentarei imprimir um ar cronológico a este tema, mas sei que me perderei, sei que isto tudo é impossível.
Como era impossível a capacidade de Raul em beber - duro na queda! Pelo menos no começo.
Naqueles lances de Elvis Rock Club, cigarrinhos e bebidas da época, Hi-Fi, Cuba-Libre.
Já com os amigos dos primeiros conjuntos porres homéricos, à base dos uísques do pai, seja em Salvador, ou na casa de veraneio em Dias D´Ávila.
Há um comentário da Kika sobre esta época, algo assim:
"Raul já era um alcoólatra, desde os tempos do clube do rock, passou a vida inteira bebendo, não é fácil parar não..."
Nisto, me lembro de uma entrevista do Paulo Coelho:
"Morrer na tragédia, pode parecer lindo, mas não deixa de ser trágico"
Não é nada disso, mas acho que ficou legal assim.
E logo que falamos do Pau No Cu Elho, lembro de uma gravação dos dois, Raul declarava:
"Bicho, eu havia perdido metade do pâncreas, e sabe o que fiz ao sair do hospital? Parei no primeiro boteco e bebi. Eu sou um alcoólatra, isso é uma doença."
Aí veio a fama, o dinheiro e a bebida foi ficando cada vez mais farta, em um depoimento de um dos Panteras, acho que do Carleba, ele diz:
"Raul pediu uma garrafa de cointreau, o garçon informou que só vendiam doses, Raul perguntou quantas dose tinha uma garrafa. Umas 20, respondeu o garçom."
E assim foi feito, vinte doses, vinte copos sobre a mesa.
Evidente que Raul não tomou todas e ainda arrumou confusão, dizendo que não iria pagar tudo...o ex-pantera concluiu:
"Já não era mais o mesmo Raulzito que conhecíamos, não era não..."
Depois disto, vieram várias fases e bebidas - Jack Daniel´s com ginger-ale, e muita, muita vodka.
E porque vodka?
Bem...imagino que por ser a bebida preferida dos biriteiros (excluindo-se a cachaça, of course), não deixa bafo, pode ser misturada a qualquer coisa que não modifica a cor, relembro Raul relatando um dos maiores vexames de sua vida, segundo o próprio.
Foi a um restaurante com a família, na sua eterna condição de ator, fingiu que só beberia suco de laranja, refrigerantes e quetais, daqui a pouco pede licença a todos (ele era cerimonioso) e vai ao toillete.
Lá encontra o copo de vodka, já previamente combinado com o garçom.
Ávidamente pega o copo, sedento por virá-lo, mas uma mão atrás de si, foi mais rápida, pegou o copo e o entornou na pia.
Era o seu irmão Plinio, o Plininho, companheiro de infância.
Raul ficou arrasado.
Houve outra vez também, creio que com o seu produtor musical Mazolla, Raul gravando e tomando suco de laranja ou água e cada vez mais alegre.
Até que Mazzolera (como Raul o chamava), percebeu que aquela água, aquele suco, sempre eram vodka, ou seu batismo com laranja.
Já nos últimos tempos a situação se tornou incontrolável, com enormes vexames no bairro das cobras, do cobra, no Butantã em São Paulo.
De manhã, em frente às padarias ainda fechadas, enquanto todos esperavam pelo pão quente, Raul esperava pelo primeiro drink do dia.
Sabia que muitas vezes era atendido, porque era "um artista", mas mesmo assim, era obrigado frequentemente a mudar de endereços, pois nem mesmo a conta pagava, não tinha a menor disciplina.
E voltando à um texto meu anteiror (Raul & a Comida), em que citei o "Rainha do Norte", Raul, segundo o dono do lugar, bateu o recorde da casa - 10 long-neck´s de Antarctica e 10 doses de "Rainha do Norte", a cachaça que batizava o comércio.
Estive várias vezes por lá, comida boa do Nordeste, saborosa mesmo.
E a tal da pinga, a Rainha, também tomei umas doses, forte ... viu.
E logo que eu sou o Mr Beer, e "Prá não dizer que não falei das cervejas", vamos a elas, ou a ela.
Como no caso que citei, sempre notei Raul bebendo Antarctica, que também era a minha preferida na época.
Época em que a Antarctica, tinha realmente um sabor mais acentuado, mais amargo, hoje em dia, acho essas AMBEV´S, iguais a certas mulheres, todas iguais.
Há que se lembrar que naqueles tempos, não havia a facilidade para marcas novas ou importadas, como há hoje.
Lembro inclusive, de uma entrevsita ali pelos idos de 83, não sei se é aquela famosa com o Pedro Bial, onde se pergunta ao Raul:
"Quer dizer que parou com as bebidas?"
"Só uma cervejinha de vez em quando, pois ninguém é de ferro". Respondeu Raul.
Como mentia esse Raulzito...
E como ele mesmo dizia:
"E ainda tem neguinho que acredita, eu juro!"



Escrito por Reinaldo Pinheiro Pinho às 14h43

Um comentário:

  1. Amoooooo Raul ele é o cara que me ajudou a ver o mundo sob a ótica da loucura mas porque não misturada com a minha lucidez!!!! Meu psicólogo e psiquiatria Raul dos Santos Seixas....

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